segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

all eyez on me

O título é óbvio para os apreciadores de hip-hop, dúbio para os que só conhecem as vintages de rap do século XXI.

É um dos êxitos de 2Pac, talvez o melhor, e foi escrito, muito me engano, ainda este estava preso, por ter entrado em conflitos com dois agentes, mais uma vez sem muita certeza. Sempre me marcou a história (quase mito urbano), da tareia que 2>Pac deu a dois "cops" que, fora de serviço, ajustaram contas com um negro, no seu bairro, a poucos passos de sua casa.

Eu respeito muito o hiphop Noronha e Zé, e acreditem que eu também fui fã indiscutível de GangStarr, NWA, tenho o cd do Easy-E aqui caso o queiram, apoiei ao vivo bandas como MindDaGap, DaWeasel, BossAC, Valete, J-Cap, a melhor voz do hip hop nacional para mim, Kacetado, Sir Scratch, etc.

Como um desses rappers disse, julgo que Sam The Kid, mas agora que penso talvez não... enfim, disse que "os brancos não são livres. São é mais livres que os negros, mas não são livres". O hiphop nunca foi,não para mim, uma arte de raça. Talvez tenha sido um dia, mas universalizou-se. E. controvérsia seja feita, Eminem Show será sempre um dos seus grandes referentes.

Durante muito tempo o hiphop foi a minha forma de "musicalizar" poesia. O conceito de poesia de rua sempre me motivou bastante. Cheguei a fazer as minhas letras, de que não me arrependo, e a fazer os raps com os amigos. Enfim, foi parte da minha juventude, já ouço isto desde que vivia no Porto, desde 94, era um "chabálo", e se recentemente larguei, foi da desmotivação, da falta de pica que me deu, e por necessidade de algo mais abstracto.
Ainda guardo o meu Kanye West na lista de músicas, vou tirando os Wu Tang da gaveta, desempoeirando o meu "Pay Da Cost To Be Da Boss" do Snoop "D-O-double-Gizzle"...

Mas nunca fui de me ficar por um só estilo. Por isso fui desviando cada vez mais pó indie, que se complementaram melhor. Actualmente, estou totalmente rocalhado =)

gostava de partilhar com vocês uma das músicas do século para mim:



podem achar muito careta, mas eu adoro Beatles. E Helter Skellter é o pico do rock insano e bizarro da sua fucking doped década de 70

2 comentários:

Francisco disse...

Manel,

retiro então a parte em que disse "impressão com que fico com pessoas que não estão por dentro da matéria".
Percebi o que escreveste. Cabe-me a mim e ao Zé voltar a soltar a chama do Rythm And Poetry que há em ti! :)

Um grande abraço

D. disse...

manel, fiquei com uma imagem perturbadora tua. sim, também eu andei perdida no mundo do hip hop de intervenção, mas não há nada como música com guitarras.