Bush partia hoje para África com o intuito de 'encaminhar' 5 países (Gana, Libéria, Tanzânia, Benim e Ruanda) na resolução de temas como o comércio, a luta contra a sida e a segurança.
O seu Plano Global contra a sida (iniciado em 2003, aquando da anterior visita ao mesmo continente) tem colhido elogios da oposição e resultados bastante favoráveis - o número de seropositivos da África Subsariana que viram aumentar a sua esperança de vida graças aos medicamentos fornecidos pelos EUA passou de 500 mil (em 2003) para 1,4 milhões em 2007. Uma pequena/boa ajuda, não digo que não.
Mas, como já vem sendo hábito desde o início do século XX, as ideias que polvilham a tão discutida temática da segurança apagam completamente qualquer laivo de altruísmo ou de qualquer outra coisa louvável que pudessemos ter encontrado no sr presidente, depois de conhecermos a sua iniciativa do Plano Global. É que, e aqui cito o jornal Público, esta segurança está 'associada ao interesse em privilegiar África como fonte de abastecimento em petróleo, mas também como terreno da guerra global contra o terrorismo. (...) Bush tenciona completar, antes da sua saída da Casa Branca em Janeiro de 2009 (esse dia nunca mais chega?!), a instalação do Africom, o comando militar único para todo o continente (de apoio à segurança dos países para combater o terrorismo e o islamismo radical ou ao treino das suas forças.'
Mas o povo Africano já não tem problemas que cheguem? É preciso inventar (sim, a palavra certa é mesmo INVENTAR) mais uns? A guerra é global (facto assumido por Mr George W. Bush, claro), mas o seu palco é um único continente, por sinal o mais pobre do globo. Até onde vai o egoísmo dos EUA? Mal por mal, podiam-se ficar pelo egoísmo passivo - finjir que fazem qualquer coisa (dar um dinheirito ou uns medicamentos, vá lá..) só para não serem criticados pelo resto do mundo ou incomodados pelas organizações que defendem fervorosamente os direitos humanos. Mas..egoísmo activo? Criar mais problemas em nome da prossecução do BEM e da SEGURANÇA daqueles que só vão assistir à 'guerra' pela televisão? Nada disto é novidade, bem pelo contrário. O problema é que choca (-me) tanto como se não fosse previsível. Choca (-me) da mesma maneira que (me) chocou a primeira notícia que saiu sobre esta permanente cruzada contra o terrorismo. Quando é que isto vai acabar?
' Notam analistas (...), a luta contra o terrorismo, depois dos atentados do 11 de Setembro de 2001 estabeleceu novas prioridades na política externa dos EUA, que passaram a remeter para segundo plano a democracia e os direitos humanos. ' A tão perfeita e aclamada democracia que ele pretende proclamar nesta nova viagem a terras Africanas.. E dar o exemplo, não?
O seu Plano Global contra a sida (iniciado em 2003, aquando da anterior visita ao mesmo continente) tem colhido elogios da oposição e resultados bastante favoráveis - o número de seropositivos da África Subsariana que viram aumentar a sua esperança de vida graças aos medicamentos fornecidos pelos EUA passou de 500 mil (em 2003) para 1,4 milhões em 2007. Uma pequena/boa ajuda, não digo que não.
Mas, como já vem sendo hábito desde o início do século XX, as ideias que polvilham a tão discutida temática da segurança apagam completamente qualquer laivo de altruísmo ou de qualquer outra coisa louvável que pudessemos ter encontrado no sr presidente, depois de conhecermos a sua iniciativa do Plano Global. É que, e aqui cito o jornal Público, esta segurança está 'associada ao interesse em privilegiar África como fonte de abastecimento em petróleo, mas também como terreno da guerra global contra o terrorismo. (...) Bush tenciona completar, antes da sua saída da Casa Branca em Janeiro de 2009 (esse dia nunca mais chega?!), a instalação do Africom, o comando militar único para todo o continente (de apoio à segurança dos países para combater o terrorismo e o islamismo radical ou ao treino das suas forças.'
Mas o povo Africano já não tem problemas que cheguem? É preciso inventar (sim, a palavra certa é mesmo INVENTAR) mais uns? A guerra é global (facto assumido por Mr George W. Bush, claro), mas o seu palco é um único continente, por sinal o mais pobre do globo. Até onde vai o egoísmo dos EUA? Mal por mal, podiam-se ficar pelo egoísmo passivo - finjir que fazem qualquer coisa (dar um dinheirito ou uns medicamentos, vá lá..) só para não serem criticados pelo resto do mundo ou incomodados pelas organizações que defendem fervorosamente os direitos humanos. Mas..egoísmo activo? Criar mais problemas em nome da prossecução do BEM e da SEGURANÇA daqueles que só vão assistir à 'guerra' pela televisão? Nada disto é novidade, bem pelo contrário. O problema é que choca (-me) tanto como se não fosse previsível. Choca (-me) da mesma maneira que (me) chocou a primeira notícia que saiu sobre esta permanente cruzada contra o terrorismo. Quando é que isto vai acabar?
' Notam analistas (...), a luta contra o terrorismo, depois dos atentados do 11 de Setembro de 2001 estabeleceu novas prioridades na política externa dos EUA, que passaram a remeter para segundo plano a democracia e os direitos humanos. ' A tão perfeita e aclamada democracia que ele pretende proclamar nesta nova viagem a terras Africanas.. E dar o exemplo, não?
1 comentário:
acho que seria muito interessante começar uma conversa acerca do terrorismo neste blog.
acho que ninguém adopta, pelo menos na totalidade, uma atitude pró-americana no que toca ao combate ao terrorismo.
pode e devem haver discrepâncias no que toca ao combate ao terrorismo.
mas ultimamente, tem-me parecido que há pessoal que pensa que isto do terrorismo é tudo uma farsa... pergunto-me se há pessoas que pensam que o terrorismo fundamentalista islamico nao é uma ameaça.
eu por mim, trocava facilmente a politica americana externa pela europeia.
mas que tem de haver combate ao terrorismo tem...
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